Por Flávia D'Álima
Artista visual, arte educadora, ilustradora e
escritora
Carolina Teixeira, Flávia D'Álima e na câmera Vagner Pereira
Carolina Teixeira também conhecida como Carolzinha Teixeira é moradora da Vila Gomes. Com a Carolzinha o despertar para o universo das artes aconteceu ainda na infância, através da prática do desenho. Mas a relação Arte-Trabalho veio através do olhar dos outros, conforme precisavam a chamavam para produzir coisas, assim a artista percebeu que se comunicava através do que produzia e que existia responsabilidade nisso. Foi aí que caiu a ficha da artista, de que o que ela dizia com suas obras era trabalho.
A formação da Carolzinha
como artista se deu a partir da relação com outros artistas e com a sua
prática, com seus próprios limites técnicos, que com o passar dos anos foram
transformando seu trabalho. A reação das pessoas com sua obra, também interfere
na sua formação e transformação como artista.
Tem como referências
artísticas atuais Paulo Bruscky e Utamaro Kitagawa.
Carolzinha não tem
definição para o seu trabalho, considera que está em um momento de
transformação, produz pela necessidade de dizer algo. Diz não ter tanta
técnica, não gosta de desenhos presos, “certinhos”, quer desconstruir a beleza
e, atualmente busca comunicação real, crítica, não só através da contemplação
da beleza ideal, quer que haja interação entre as pessoas e suas obras, é nesse
momento que seu trabalho acontece e ganha força.
Se considera uma artista ansiosa, quer ver a ideia
virar obra de arte logo, por isso prefere trabalhar com tinta acrílica,
aquarela, coisas rápidas; E não se incomoda se esse trabalho “terminar” de
repente, já que algumas de suas obras são acontecimentos. Trabalha muito
com o caderno de desenho, no ônibus, no metro, desenha o tempo inteiro, nesse
processo, a rua e a aquarela são companheiras constantes.
Seus traços delicados apresentam figuras fortes,
carregadas de histórias e sentimentos. A relação com suas raízes, orientais e africanas, também está
presente em suas obras e traduz um pouco da mistura característica do nosso
país.
Para Carolina Teixeira o
belo, o sublime nas bordas da cidade é a dignidade, é ser artista pelo que se é
na vida, produzir não só pela estética, mas pelo significado, pelo sentido das
coisas, em que o processo do artista acontece muitas vezes misturando educação
com política.
Alguns Trabalhos:
Axé
Acrílica sobre Compensado
Morro Mulher
Acrílica sobre Lona, Colagem, Pratos, Facas, Pedra, Toalha de Mesa, Sangue Animal, Vidro e Carvão
Mulher Chovendo
Acrílica sobre Lona e Papelão
Mulher Cabide
Acrílica sobre Lona, Cabide, Bacia e Carvão
Espelho
Acrílica sobre Tela
Estupendas as pinturas! Parabéns mana prosperidade.
ResponderExcluirLindo!
ResponderExcluirLindo!
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