segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Ganu Psique

Por Flávia D'Álima
Cidadão. Trabalha com Tinta

Flávia D'Álima e Ganu Psique


VIDEO

Ganu Psique é morador do Guarapiranga, desenha desde os sete anos de idade, acredita que herdou do pai o gosto pelas práticas artísticas. Diz não ter sido uma criança de soltar pipas, gostava de construir pipas, construir carrinhos de rolimã, desenhar nas provas da escola...
Cidadão que valoriza o seu tempo, Ganu afirma não viver de Arte e sim de Trabalho. Acredita que a Arte é ilusória, já que pode representar, retratar, coisas que não podemos ver, tocar, sentimentos como amor, carinho e afeto. Acredita que o Trabalho é algo necessário e carnal, enquanto que a Arte é algo espiritual.
Produz com precisão nos traços, profundidade e vida no olhar dos seus personagens. Conhece a força do seu trabalho, sabe do sentimento empregado em cada obra.
Alheio ao mercado diz que se for necessário vende na feira. Não está interessando em estereótipos, o que importa para o Ganu é produzir. Não aceita a possibilidade de se tornar um produto através do seu trabalho, diz ser ação, responsável por uma criação, que gera outra ação na mente de quem tem contato com sua obra.
Tem como referências artísticas os artistas que conhece e tem contato.
Ganu não tem definição para o seu trabalho, ação, disciplina, foco, pautam a sua produção. Gosta de sentir a rua, se inspira nela. Através dos trabalhos quer mexer com a cabeça das pessoas, provocar.

Para Ganu Psique o belo, o sublime nas bordas é a mulher, o homem, o corpo humano.



Alguns Trabalhos:


A Cura

Acrílica sobre Tela - 50 x 80 cm

 Sonho de Izabel
Acrílica sobre Tela - 50 x 80 cm

Saci
 Acrílica sobre Tela - 50 x 80 cm

Mula
Acrílica sobre Tela - 50 x 80 cm

Sereia
 Acrílica sobre Tela - 50 x 80 cm


Alguns Desenhos Tamanho A4









http://www.facebook.com/pages/Ganu/374451885911008

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Carolina Teixeira


Por Flávia D'Álima
Artista visual, arte educadora, ilustradora e escritora

Carolina Teixeira, Flávia D'Álima e na câmera Vagner Pereira


Carolina Teixeira também conhecida como Carolzinha Teixeira é moradora da Vila Gomes. Com a Carolzinha o despertar para o universo das artes aconteceu ainda na infância, através da prática do desenho. Mas a relação Arte-Trabalho veio através do olhar dos outros, conforme precisavam a chamavam para produzir coisas, assim a artista percebeu que se comunicava através do que produzia e que existia responsabilidade nisso. Foi aí que caiu a ficha da artista, de que o que ela dizia com suas obras era trabalho. 
A formação da Carolzinha como artista se deu a partir da relação com outros artistas e com a sua prática, com seus próprios limites técnicos, que com o passar dos anos foram transformando seu trabalho. A reação das pessoas com sua obra, também interfere na sua formação e transformação como artista.
Tem como referências artísticas atuais Paulo Bruscky e Utamaro Kitagawa.
Carolzinha não tem definição para o seu trabalho, considera que está em um momento de transformação, produz pela necessidade de dizer algo. Diz não ter tanta técnica, não gosta de desenhos presos, “certinhos”, quer desconstruir a beleza e, atualmente busca comunicação real, crítica, não só através da contemplação da beleza ideal, quer que haja interação entre as pessoas e suas obras, é nesse momento que seu trabalho acontece e ganha força.
Se considera uma artista ansiosa, quer ver a ideia virar obra de arte logo, por isso prefere trabalhar com tinta acrílica, aquarela, coisas rápidas; E não se incomoda se esse trabalho “terminar” de repente, já que algumas de suas obras são acontecimentos. Trabalha muito com o caderno de desenho, no ônibus, no metro, desenha o tempo inteiro, nesse processo, a rua e a aquarela são companheiras constantes.
Seus traços delicados apresentam figuras fortes, carregadas de histórias e sentimentos. A relação com suas raízes, orientais e africanas, também está presente em suas obras e traduz um pouco da mistura característica do nosso país.
Para Carolina Teixeira o belo, o sublime nas bordas da cidade é a dignidade, é ser artista pelo que se é na vida, produzir não só pela estética, mas pelo significado, pelo sentido das coisas, em que o processo do artista acontece muitas vezes misturando educação com política.

Alguns Trabalhos:
Axé
 Acrílica sobre Compensado

Morro Mulher
Acrílica sobre Lona, Colagem, Pratos, Facas, Pedra, Toalha de Mesa, Sangue Animal, Vidro e Carvão 

Mulher Chovendo
Acrílica sobre Lona e Papelão 

Mulher Cabide
Acrílica sobre Lona, Cabide, Bacia e Carvão 

Espelho
Acrílica sobre Tela

Site: http://destruidorasdelares.blogspot.com.br/